A criação do mito
O senhor Hiroshi queria que o Nes custasse apenas 150 dólares e que estivesse equipado com uma CPU de 16 bits, o 68000. Entretanto, o 68000 sozinho custava mais de 600 dólares. Diante de tal custo ele desistiu da idéia e tentava, sem sucesso, encontrar uma solução alternativa para o dilema; até que algo extraordinário aconteceu...
Durante uma de suas caminhadas diárias pelos bosques bizarros do Japão, o Sr. Hiroshi viu uma raposa espatifada por uma bicicleta. Ficou com pena da coitada, levou-a para casa e cuidou dela até a sua recuperação. Neste momento a raposa revelou ser um demônio japonês, e, como prova de gratidão, disse que ele poderia desejar qualquer coisa que ela daria para ele (ou quase qualquer coisa quando ela viu o senhor Yamauchi com as calças na mão). Diante de tal restrição, ele "pediu" que a raposa desse algo pra ele que fosse tão ou mais forte que o 68k e que custasse tão barato a ponto de ser chamado de patético; então a raposa deu pra ele um esquema demoníaco de chip de vídeo que permitiria tal proeza.

Porém, como foi uma raposa demoníaca quem criou o esquema do tal chip, nenhuma empresa queria fabricar aquilo. Mas mister Yamauchi descobriu uma empresa de arroz parboilizado chamada Pobreh que não estava muito bem financeiramente porque ninguém queria um arroz feito de silício com circuito integrado.
Assim, o senhor Yamauchi ofereceu pra Pobreh a receita do "arroz parboilizado da raposinha bonitinha", e eles logo trocaram o nome pra Ricoh, e, junto com a CPU do Atari, finalmente foi feito o Nintendinho.
Hardware
Um Nintendinho/Famicom/Top Game/Phantom System... (você entendeu, né?) consiste dos seguintes componentes:
* Cpu 6502 modificada pra ter som, joystick, rede e controladora de ram (sim, foi dai que a SiS roubou a idéia) rodando apenas a 1.73 MHz pra não torrar a RAM vagabunda dos anos 1980.
* Chip de vídeo PPU rodando a 5 MHz (ninguém sabe o que PPU quer realmente dizer; provavelmente deve ser alguma coisa na língua japonesa demoníaca).
* Dizem as más linguas que na epoca em que o console foi lançado, o homem ainda não havia construído o conceito de memoria ram. Outros afirmam que os engenheiros esqueceram de coloca-la apenas porque estavam distraídos com outra coisa. Porém, os mais positivistas dizem que se você procurar MUUUUUUITO encontrará 2k de RAM podre para CPU e 2k de RAM podre para GPU. Independente de qual for a verdade sempre que você der um passo para trás e voltar para a frente, os inimigos estarão te esperando novamente, ressuscitados milagrosamente pelo amor de Jesus Cristo.
Software
Inicialmente projetado para rodar jogos gravados em CD (por sugestão da supracitada raposa diabólica), optou-se por cartuchos quando lembraram que os cds ainda não existiam (seriam lançados pouco depois do lançamento do Nintendinho no Japão), o que deixaria muito explícito o pacto da Ni***ndo com a entidade infernal travestida de bicho peludo.

Os cartuchos japoneses, embora não possuíssem a proteção anti-pirataria presente nos cartuchos do Nintendinho americano, tinham um aspecto de brinquedo chinês pirateado, comumente encontrados nas cores rosa, verde-limão, azul-bebê e roxo-cheguei em versões oficiais com 101 jogos (na verdade 50 variantes do Super Mário e 51 do Contra) e eram 60 pinos contra 72 pinos dos cartuchos americanos. No final das contas, os cartuchos japoneses eram apenas pretextos para vendas de conversores vagabundos que permitiam usar as fitas de 60 pinos em consoles que aceitavam apenas 72 pinos. O adaptador inverso também existia, mas poucos japoneses se atreviam a enfiar uma fita do Nintendinho americano no Famicon pois nem sempre o alargamento se dava corretamente, causando sérios prejuízos financeiros para o proprietário com as custas médicas de uma cirurgia de períneo.
Acessórios
Com o passar dos anos, várias tecnologias foram desenvolvidas ainda nos anos 1980 e o Sr. Yamauchi decidiu se apoderar de algumas delas para o seu NES ficar ainda mais popular. Dentre elas, podemos citar as mais conhecidas:
Power Glove

Esse acessorio, por incrivel que pareça, não é da Ni***ndo e sim da Mattel, que queria arranjar algo que parecesse cool, mas na verdade fosse um lixo pra sabotar o Nintendinho e assim fazer o Intellivision vender algumas milhões de unidades.
O plano deu errado, pois eles não contavam com pivetes fingindo que jogavam bem com a luva e parecendo cool, o que provocou uma busca desenfreada pelo console nas lojas, chegando a vender pouco mais de 10 milhões de unidades apenas por causa da Powerglove.
A tal luva, teoricamente, permitia capturar os movimentos da mão e transmitir para a tela. Mas como a tecnologia de 1987 era limitada e a Matell não possuía nenhum pacto com algum demônio japonês para ajudar na tecnologia, a coisa não passava de um joystick digital ruim.
Famicom Disk System
Essa foi mais uma necessidade do que algo pra expandir o nes. Na epoca do Super Mario 1, os chips de roms de 32k como a do Mario saiam por quase 40 dólares cada no mercado atacadista, o que "obrigava" a Ni***ndo a vender o cartucho por 80 e, por isso, eles tiveram que arranjar uma solução mais barata para coisa sem ser o drive de CD (igualmente inviável naquele momento), surgindo assim o Famicom Disk System.
O Famicom Disk System era um drive de discos magnéticos com capacidade de 128kbytes cada e que possibilitava gravação dos dois lados. Cada disco dele custava apenas 5 dólares para a Ni***ndo; assim ela vendia os discos por 20 dólares e o povo achava que tava saindo no lucro.
Esse foi provavelmente o primeiro aparelho a apresentar a terrível frase Now Loading... e fazer o usuário esperar uma eternidade devido a taxa de acesso demasiadamente lenta dele.
10NES
O senhor Yamauchi notou que nos Eua a pirataria comia solta e, querendo evitar que o Nintendinho se tornasse um treco típico do Brasil nos Eua, encomendou para Samara um chip de proteção contra pirataria que mata em 10 minutos quem rodar uma fita pirata no Nintendinho. Até hoje só é possível rodar jogos piratas em um Nintendinho original usando uma pose especial de Kama Sutra entre uma fita original e uma pirata. O mesmo vale para a utilização do acessório de mirim conhecido mundialmente como Game Genie.
Entretanto, tal proteção anti-pirataria não duraria muito tempo: vários usuários descobriram que bastava arrancar o resistor rosa made by Hello Kitty e colocado por Samara por sugestão da mesma que o Nintendinho parava com esta baitolagem de só aceitar cartuchos originais. Outros gamers mais radicais importavam diretamente do Brasil clones do Nintendinho. Os clones mais cobiçados eram: Phantom System com seus 2 controles de Mega Drive e pistola já inclusos e o Turbo Game, com 2 controles turbo invertidos de Mega Drive, entradas para cartuchos japoneses e americanos, dispensando assim o uso de adaptadores, e uma interferência no canal 3 que permitia que toda a sua vizinhança assistisse as suas tentativas fracassadas de zerar o Super Mario.
Depois de começar a perder mercado para esta "avalanche" de clones do Nintendinho, o Sr. Yamauchi viu que era hora de tomar uma iniciativa radical: o contrato de produção do Nintendinho com o 10NES não permitia que um Nintendinho fosse fabricado sem um chip 10NES (caso contrário, o Sr. Yamauchi receberia uma visita da Samara), o que impedia que a Ni***ndo contra-atacasse os clones. Entretanto, a Ni***ndo não se abateu: lançou, tempos depois, o Nintendinho 2. Basicamente consistia de um Nintendinho travestido parcialmente de Super Ni***ndo (principalmente os joypads), com entrada superior para os cartuchos (e não mais o incômodo estilo videocassete) e sem o famigerado chip 10NES. Como o contrato falava apenas de Nintendinho e não de Nintendinho 2, Samara nada pode fazer para impedir o Sr. Yamauchi.
Fatos sobre o Nintendinho
* Graças ao seu poder demoníaco, ele nunca parou de vender; o que o forçou a trocar de nome varias vezes para não ficar suspeito. Por isso ele é conhecido por tantos nomes diferentes.
* O Nintendinho quase foi destruído pela Atari durante o crash graças a um jogo chamado Chuck Norris Super Kicks, mas, devido à limitação de vídeo do Atari ele não pode dar o Roundhouse Kick e por isso acabou quase sendo derrotado.
* Apesar de a Ni***ndo ter voltado atrás ao decidir não implantar o chip 10NES no Nitendinho 2, tal decisão mostrou-se tardia: a SEGA, após roubar um carregamento de chips 68k, computadores MSX (para arrancar deles os Zilog Z80) e de teclados Yamaha (para o chip de áudio), decidiu azedar a festa do Sr. Yamauchi lançando o Mega Drive, forçando a raposa demoníaca a relembrar das aulas de engenharia eletrônica e criar um chip ainda mais poderoso do que o chip do concorrente.

Típico usuário de NES...