[SPOILERS] Mistérios sobre o Phantasy Star...

[Gigacom]

Aaah tá moço, tá explicado. Mas agora diz aí, que dias de conquista ao diabo são esses? Quando isso aconteceu na historia de Algol? O que foi afinal?

[Corredor X]

Isso foi uma puta confusão na tradução Por isso gosto tanto da frase.

Não me lembro como era ela na versão japonesa, depois dou uma olhada aqui. Na versão em inglês, a frase é algo como "(...)The Shield Perseus used in days to conquer magic beasts". Descontando o engrish e a falta de pontuação, além de forçar a barra um pouco, dá para traduzir como "(...) O Escudo que Perseu usou outrora para derrotar feras mágicas", no caso se referindo à lenda de Perseu e Medusa. Daí a isso virar "dias de conquista ao diabo" e o Escudo em si se chamar Perseu, é pura magia tectoyana Entende porque eu sou louco para chafurdar nos arquivos da TT? Achar protótipos, versões parciais, notas de tradução, essas coisas? É por conta de algumas coisas assim. Fica me perguntando aqui como deve ter sido esse processo de tradução, adaptação, etc.

EDIT: fui conferir aqui agora na versão japonesa e o sujeito em Casba (não em Abion, como eu disse antes; é a idade) diz algo como:

"Existem estórias na vila cercada de névoa. Uma delas falas sobre um escudo lendário. Aparentemente, Perseu usou-o para matar um monstro"

Ou seja, a TT conseguiu melhorar a frase, transformando-a de uma informação banal para um clássico!

[Gigacom]

Não lembro se fiz essas perguntas... mas lá vai:

1 - Que raio de "canto distante" é aquele que o carinha naquela caverna (aqula, perto de Scyon, a cidade portuaria que não tem barcos) fala??? É o cantinho do esqueleto? Se for, por que o esqueleto fica lá só esperando alguém aparecer? Não seria mais interessante ele sair dali e ir atrás do Ryman ou da Sheera???
2 - Como esse carinha foi parar VIVO naquele quartinho???
3 - Quem é esse carinha? Parente distante do Akuma-Chuck Norris-Capitão Nascimento? Digo isso porque ontem foi um sufoco só entrar no labirinto com Alis, Odin e a gatinha e sair inteiro sem mortes...
4 - Por que os monstros vivem andando com baús de tesouro? Há algum mercado paralelo entre eles? O que negociam?

[Corredor X]

Oba, perguntas!

1) Na verdade, o "canto distante" ao qual o mendigo se refere é a sala com a armadilha, que fica logo depois de onde ele se encontra. A sequência das armadilhas vai dar quase no Skeleton, daí o motivo de ninguém ter voltado vivo de lá, como ele diz. A coisa do "canto distante", que soa estranha, é mais uma contribuição mágica da tradução da Tec Toy No original em japonês, o mendigo conta toda uma historinha, algo como "Muitos homens bravos já se aventuraram nas profundezas dessa caverna. Nenhum deles ter voltado de lá é outra história". Na tradução para o inglês, isso virou “No man that goes into the room in the far corner has ever come out alive! Aha-ha-ha!” - a risadinha é coisa dos americanos. Como no japonês, ele faz referência à sala mais ao norte do mapa, que está após a esquina mais afastada. A TT traduziu far corner literalmente, daí a confusão.

E Scion não tem barcos, apesar de ser uma cidade portuária, porque Lassic proibiu o transporte marítimo, como parte do estado de sítio que implantou em Palma; quando você chega em Drasgow, um morador comenta algo a respeito.

Quanto ao Skeleton que guarda o Bumer F (outra liberdade poética da TT, no original é Iron Fang, Presa de Ferro), aparentemente o local onde ele fica é um criadouro de mortos vivos, já que se voltar lá sempre vai haver um novo, embora sem o item de bônus.

2) e 3) É a crise causada pela tirania do Lassic, o sujeito não tinha onde morar e foi se enfiar na dungeon mais quentinha que achou. Área equatorial, morando na beira da praia, cadeado na porta... O cara mora melhor que a gente, Giga Ele não é o caso mais absurdo do jogo no quesito moradia, o cara que troca a Tocha pelo Olho vive no finalzão da Torre Corona que é bem mais pauleira, sem contar o Damor, que mora em Baya Malay! Como jogador velho de guerra de Dungeons & Dragons, eu aprendi que a gente não pode levar ecossistema e habitação de cavernas e torres muito a sério, em prol da diversão... Leve em consideração também que ele mora quase na entrada da caverna, que por sinal se chama Iala.

Ah, outra coisa: não é a gatinha, é o gatinho! Myau é macho, quem não levantou a perninha para conferir foi a TT

4) É moda. Antigamente todos tinham um tamagotchi, mas os tempos mudam - marcenaria e colecionismo são o must atual em Algol.

[Gigacom]

Ahhh... mas o Myau tem um jeitinho meio (sem querer ofender) fêmea vai... só us ói é que disfarça, mas aquele rabo multi-facetado dele entrega tudo Macho mesmo só dá pra dizer nas outras aparições dele, como a versão 3D, que é mais bacana, olha só:

[Gigacom]

Agora outra perguntinha:

Por que a Alis muda a cor do cabelo a todo instante? Uma hora ela tá com os cabelos claros, depois escuros, ai volta o claro de novo... e tudo assim, magicamente num estalar de dedos! Qual o segredo?

[Corredor X]

[Gigacom]

Hummm... tá explicado, já tuspeitava
Enfim. Agora, explica essa cena aqui:

[Corredor X]

Como dizia Padre Quevedo, isso non eckziste!

[Gigacom]

Verdade, isso é mentira

Mas tu viu que esse Dr. Mad aparece perto duma esquina? Ele não é o original, mas é fortão tambem.

Agora outra pergunta
Por que quando lutamos com um grupo de monstros, sempre o ultimo deles tem um ataque a fazer? Vou explicar:
Tá lá Alis e cia e esbarram com 4 Zumbis. Alis mata um, Odin racha a cabeça do Outro, Myau arranca as tripas do terceiro, e o Noah... o Noah dá uma cacetada na cabeça do ultimo, ai o ultimo vai e solta um ataque antes de começar outro turno. Entende? O ultimo monstro sempre é o que ataca!!! Nunca matam aqueles que não tinham mais ataques pra fazer!!! Por que isso acontece afinal???
Alias, por que os nossos amiguinhos costumam teimar em acertar os bandidos de maneira uniforme (um pouquinho nesse, outro tiquinho naquele...) ao invés de concentrarem os ataques em um só monstro do grupo? Tá certo, eu adoro esse esquema, dá uma dificuldade a mais e tals... porém, qual a explicação para isso???

[Corredor X]

Mas tu viu que esse Dr. Mad aparece perto duma esquina? Ele não é o original, mas é fortão tambem.

Sim, ele aparece naquele túnel que liga a entrada de Baya Malay até o início do lago de lava, é um inimigo comum e fixo, que aparece toda vez que você passa pelo local. A Supergame chamava-o de Dr. Mad 2, até hoje me refiro assim ao danado. Ele não aparece no remake de PS2 nesse lugar, por sinal, e a versão escura dele - a sombra de Lassic que aparece no Castelo, lembra? - virou um dragão negro.

Por que quando lutamos com um grupo de monstros, sempre o ultimo deles tem um ataque a fazer? Vou explicar:
Tá lá Alis e cia e esbarram com 4 Zumbis. Alis mata um, Odin racha a cabeça do Outro, Myau arranca as tripas do terceiro, e o Noah... o Noah dá uma cacetada na cabeça do ultimo, ai o ultimo vai e solta um ataque antes de começar outro turno. Entende? O ultimo monstro sempre é o que ataca!!! Nunca matam aqueles que não tinham mais ataques pra fazer!!! Por que isso acontece afinal???

Sabe que eu sou encucado com isso desde pequeno, Giga? Mas preciso corrigir só uma coisa, não é em 100% das vezes que isso acontece, vez ou outra o primeiro cara que atacou costuma sobrar também e o turno termina sem ataques. É raro, mas acontece. Deve ser algo embutido na programação do jogo... Por observação, tenho a suspeita de que eles começam a contar os ataques do último PF de monstro para o primeiro, já que geralmente sobram os mais embaixo da lista e eles terminam atacando. Quando for jogar, repare nisso, é a minha teoria.

Alias, por que os nossos amiguinhos costumam teimar em acertar os bandidos de maneira uniforme (um pouquinho nesse, outro tiquinho naquele...) ao invés de concentrarem os ataques em um só monstro do grupo? Tá certo, eu adoro esse esquema, dá uma dificuldade a mais e tals... porém, qual a explicação para isso???

Outra coisa aleatória da programação do jogo, acho... Já apanhei muito porque o Noah resolveu acertar o PF cheinho do monstro, sem matá-lo, do que mirar no outro só com 2 pontos de vida. Forçando um pouco, dá para imaginar que eles fizeram assim por conta da lógica de combate, em que cada guerreiro cuida de um atacante específico para evitar que sejam cercados, quando diante de número igual ou maior de ofensores.

[Jair]

Sim, ele aparece naquele túnel que liga a entrada de Baya Malay até o início do lago de lava, é um inimigo comum e fixo, que aparece toda vez que você passa pelo local. A Supergame chamava-o de Dr. Mad 2, até hoje me refiro assim ao danado. Ele não aparece no remake de PS2 nesse lugar, por sinal, e a versão escura dele - a sombra de Lassic que aparece no Castelo, lembra? - virou um dragão negro.

Dragão negro é? Interessante. Existe algum patch de tradução do jogo para inglês?

PQP que saudade de jogar Phantasy Star

[Corredor X]

Jair, tem um grupo de brasileiros - se não me engano, ligados à sempre excelente Gazeta de Algol - que começou um trabalho de tradução, mas estava limitado por ora a itens e magias. Como o jogo tem muuuuito texto (sensivelmente mais do que a versão original), é algo que deve demorar um bocado ainda.

Se você achou interessante a inclusão do Dragão Negro, saiba que o jogo tem uma cacetada de diferenças em relação ao original. Abaixo, colo um pequeno pedaço do FAQ/walkthrough que escrevi sobre ele mas está sem publicar até hoje, já que nunca arrumei tempo para formatá-lo do jeito que quero, comentando algumas das inovações:

O que mudou da versão do Master System para a do Playstation 2?

Muita coisa... Além da óbvia melhoria nos gráficos, o roteiro parece ter sido mais aprofundado do que no original, com eventos melhor explicados e mais situações. Outras mudanças dignas de nota:

. os personagens agora podem evoluir até o nível 100, ao contrário do limite de 30 níveis do original;
. Algumas magias foram adicionadas, outras modificadas e algumas não existem mais. Myau tem novas (e excelentes) magias de gelo, Armadilha e Voa funcionam de outra forma e Noah não pode mais usar Telepatia, só para dar alguns exemplos;
. Novos itens foram adicionados, alguns importados de outros jogos da série, como Trimates e Fluídos, e outros são originais, como o Atlas;
. Novas armas também foram incluídas, além de novas classes de equipamentos, como os Cristais e Jóias;
. Alis agora pode equipar alguns tipos de Facas e Noah pode usar Slashers – uma espécie de bumerangue, a mesma arma de Kyra em Phantasy Star IV;
. Os labirintos desta versão tem paredes diferenciadas, e a maioria deles possui uma chave própria que deve ser encontrada para explorá-lo – ao contrário do Master, em que só existiam duas chaves.
. Existem muito mais passagens secretas do que no original;
. Além de aparecer em maior número (no Master a batalha mostrava vários PFs, mas só um inimigo na tela), vários tipos de monstros podem enfrentá-lo ao mesmo tempo. Os inimigos também não deixam baús ao serem derrotados, apenas aparece uma tela informando quantas mesetas e pontos de experiência foram ganhos;
. Os eventos do jogo seguem uma linha pré-determinada de acontecimentos, não se podendo experimentar muito – um evento precisa acontecer para que outro esteja disponível, e isso tira boa parte da liberdade do jogador;
. Não é mais possível salvar o jogo todo o tempo, isso deve ser feito em savepoints localizados em cada cidade (parecem um telefone público cinza). Existe a possibilidade de se fazer um quicksave, mas o jogo volta à tela inicial – explicarei esse recurso melhor depois;
. A Flauta não adormece mais os monstros e a Bússola não pode ser usada nos labirintos;
. Não existe mais o comando Fala nas batalhas. Em compensação, agora o grupo pode conversar entre si (apertando o botão L1), o que sempre dá pistas do que fazer em seguida;
. O comando Procura (Proc) também se foi do menu. Agora, a procura é feita apertando-se X no local devido;
. Alguns dos labirintos que não possuíam inimigos agora possuem, e vice-versa;
. Não existem mais Igrejas, e os personagens são ressuscitados nos Hospitais;
. Pessoalmente, acho esta versão bem mais fácil do que a do Master System.

Outras diferenças serão comentadas ao longo do texto.

O que são as Jóias?

São equipamentos que não existiam no jogo original, e que além de aumentarem a defesa mágica do grupo, recuperam pontos de vida enquanto se anda (mais ou menos como os andróides de Phantasy Star IV, embora o efeito aqui não seja tão eficiente como com Wren e Demi). Eu as chamo de Jóias por realmente o serem – um anel, brincos, um colar e um espelho, cada uma para um personagem específico. Elas estão escondidas nas Cavernas de Neve em Dezoris, e indicações de como obtê-las serão dadas no devido tempo.

O que são os Cristais e como utilizá-los?

Outra inovação deste remake, os Cristais são itens mágicos com propriedades elementais ou de cura, e que devem ser usados em batalha. Cada personagem pode equipar dois deles e utilizá-los através do comando Collaboration. Além do efeito individual, determinadas combinações de Cristais produzem novas magias em batalha, dependendo também do tipo de arma que o personagem usa. Um detalhe: ao trocar a arma atual, os cristais são desequipados também, voltando ao inventário e devendo ser equipados novamente. Pessoalmente, não uso esses efeitos durante as lutas: os cristais se quebram facilmente após algumas utilizações, e são caros demais para serem recomprados todo o tempo, além de não serem tão necessários assim para se enfrentar os monstros – os personagens são fortes o suficiente para fazerem isso com os próprios poderes. Ao invés disso, eu sempre tenho equipado em cada um dois Cristais de Cura, que recuperam pontos de vida e protegem contra os efeitos do envenenamento; em determinado ponto deste guia, eu explicarei com calma quando fazer uso deles.

Em que nível meus personagens devem estar quando chegar em/enfrentar (imagine uma parte ou inimigo do jogo aqui)?

Isso depende muito de cada jogador, da paciência que cada um tem para subir níveis... Por isso eu preferi não colocar indicações nesse sentido aqui. Como o grupo aprende todas as magias relativamente cedo (por volta do nível 36, bem antes dos reais desafios do jogo começarem), não existe tanta necessidade de se estar num nível específico para se passar de uma determinada parte da história. Mas em alguns momentos é interessante treinar os personagens um pouco, e eu menciono alguns lugares do jogo em que é bom fazer isso. A minha recomendação é observar os inimigos de cada região: se você estiver conseguindo matá-los sem muita dificuldade, é hora de continuar a história. Os diversos Dragões também são um bom termômetro para isso, já que são as batalhas mais duras de cada parte. Se você chegar ao Castelo de Lassic por volta do nível 70, o que não demanda perder muito tempo em evolução de personagens (não fugir das batalhas ocasionais já é um bom começo...) vai conseguir terminar o jogo sem problemas.

[Gigacom]

X, tem manual do Phantasy Star TT do Master por aí??? Tem como mandar pra gente?

[Steam Baron]

. Não existe mais o comando Fala nas batalhas. Em compensação, agora o grupo pode conversar entre si (apertando o botão L1), o que sempre dá pistas do que fazer em seguida;

Esse comando era o Fala do Phantasy Star IV