Depois de ver o filme novo do Homem Aranha fiquei com vontade de jogar alguma coisa relacionada e aí lembrei do Spider Man Miles Morales do PS5 que tava aqui largado, terminei ontem. Certamente tudo é pior que o primeiro jogo, mas dá pro gasto. A história é bem cerda, os poderes também são apenas razoáveis, e o clima de neve acabou estragando um pouco o visual da cidade, mas tá bom. A duração do jogo é até boa, muito menor que o do jogo original, mas podiam ter feito umas missões menores e que se espalhassem mais pela cidade. São poucas missões de história e concentradas em poucos lugares, pra reforçar esse ponto de "esse Spider Man aqui é do gueto então ele protege a parte pobre da cidade", então grande parte de Manhattan fica meio inútil no jogo.



Uma coisa que me irrita profundamente é essa história de "amigo nerd ajudante que consegue fazer absolutamente TUDO em um computador". Porra, forçam a barra demais. "Opa, preciso que desative as torres de segurança dessa megaempresa aqui pra eu poder entrar, pode ser?", "claro, peraí... feito, pode entrar". "Alô, preciso do mapa desse esconderijo supersecreto do inimigo, pode me mandar?", "sem problemas, toma aí", cacete o nerdão lá no notebook dele consegue acessar todos os sistemas e hackear absolutamente TUDO na cidade em 5 segundos

Ah, e uma coisa que no jogo original já me irritava e que aqui permanece é o "branding": manter os nomes em inglês. Jogo todo em português, todo mundo falando "em brasileiro", e aí "é isso aí Spider Man!", "agora eu derroto você Vulture" e etc. Eu realmente não entendo por que nos jogos da Marvel eles travam todos os nomes em inglês já que não existe uma padronização da marca. Não é como na DC que não usa mais "Super Homem" e fala "Superman" em todos as mídias, aqui no Brasil todas as HQs continuam vindo com "Homem Aranha", todos os filmes são lançados como "Homem Aranha", por que raios só no jogo precisa falar "Spider Man"? É escroto demais.

Jogo: Street Fighter Alpha 2
Console: Super NES
Emulador: RA SNES 9X
Data: 11/01/2022



O primeiro jogo que terminei em 2022 foi Street Fighter Alpha 2 do SNES com o Ken.

Na época não me interessei muito por ele devido aos downgrades de gráficos e sons porque eu era mais acostumado com a versão de Arcade apesar de gostar de vários jogos de luta do console e só fui jogá´lo no emulador.


Pontuação Final: 1.193.100 Pontos

Usei o emulador RA SNES 9X e fiz duas conquistas que são estas:



Shoryuken: Terminar o jogo com o Ken com 4 estrelas de difciuldade ou mais

Straight to the End: Terminar o jogo no nível 4 ou superior sem perder nenhuma luta no Arcade Mode

Doom Resurrection, 32X Resurrection é um patch para Doom do 32X que praticamente reconstroi o jogo todo: nova engine, novos gráficos, novas fases, é o jogo que Doom deveria ter sido no console na época, totalmente diferente da versão limitada que recebemos. A lista de melhorias é tão grande que é melhor consultar a página do patch em:

https://www.romhacking.net/hacks/6269/

O absurdo é tanto que os caras criaram até um modo multiplayer com tela dividida.

Mortal Kombat Arcade Edition, Mega, final com Raiden
Para quem está vivendo debaixo de uma pedra e não ouviu falar de MK Arcade Edition: é um patch para o jogo de Mega que leva os gráficos e sons mais pertos da versão Arcade. E não são mudanças pequenas não: adicionaram muitos detalhes nos fundos, com novas animações, novas cores, novos sprites e mais de 80 sons da versão de fliperama. Ainda é possível jogar com Reptile e contra o Ermac.

Essa é a versão que o Mega merecia na época e algo que eu sempre queria ver.

Página do patch http://www.romhacking.net/hacks/6446/

Comparação entre o patch e a versão lançada originalmente para mega:



Vale dizer que o grupo (ou a maior parte dele) são de brasileiros.

Po, não conhecia esse trabalho. Ficou bem bacana mesmo.

Só achei bobagem a teoria de conspiração ali, dizendo que fizeram essa versão inferior pra vender do Sega CD. Ora, é só jogar a porcaria do Sega CD pra saber que não foi esse o motivo.

O motivo é que a Probe era tecnicamente fraca mesmo. Até me admira as licenças que conseguiam na época.

É bem verdade também que hoje em dia existem ferramentas melhores pra desenvolver jogos desses consoles antigos do que na época. Hoje em dia com décadas de conhecimento dos detalhes da arquitetura do Mega os fãs conseguem fazer engines de desenvolvimento usando a tecnologia atual para gerar ROMs pro console que usam todos recursos possíveis da plataforma. Isso sem falar de não terem os limitadores de dinheiro e tempo da época.

Trabalho porco sempre existiu mas (na maioria das vezes) ninguém quer entregar um jogo ruim. Pegue o Street Fighter Alpha do Super Ni***ndo, que todos consideram um verdadeiro milagre, mas ainda assim recentemente conseguiram melhorar ainda mais a ROM eliminando o pequeno loading que existia, adicionando efeitos sonoros do arcade, etc. Dá pra falar que a Capcom teve preguiça na época? Não, eles fizeram algo até melhor do que se esperava mas 25 anos depois os fãs tiveram todo o tempo do mundo pra conseguir melhorar ainda mais.

Perfeito, exatamente.

Esse tipo de comentário - na caption do vídeo - vem de uma galera que simplesmente não entende como a indústria funciona. Limitações técnicas dentro de equipes, falta de budget e tempo limitado são, infelizmente, comuns até hoje. Nos anos 90 então... era insano. Mortal Kombat foi feito em 10 meses, e ficou limitado.

Aladdin no MD foi feito em menos de 6 e é maravilhoso! Mas né, dúvida que alguém deva ter dormido nessa época.

Os comentários são nada a ver mesmo. No caso do MK também pesa o tamanho do cartucho. O original é de apenas 16mb.

Por outro lado a probe também tinha uma má fama kk

Sent from my Pixel 3a XL using Tapatalk

Lembrando que é a mesma empresa de Judge Dredd, Stargate, Primal Rage, Bram Stoker's Dracula, Alien 3, Back To The Future 3, California Games 2...

Então né não faz sentido. Contrataram a mão de obra mais barata..

Sent from my Pixel 3a XL using Tapatalk

Difícil dizer, mas pode ser. Por mais que os jogos da Probe não fossem muito bons, eles conseguiam um bom número de licenças para trabalhar então certamente tinham algo a favor.

Ah, a Probe era subsidiária da Acclaim, certo? Pois bem, a Acclaim tinha um contrato de right of first refusal com a Williams e Midway de conversões de arcade para consoles. Isso explica um pouco mais as coisas.

Ontem zerei Bloodstained: Curse of the Moon 2 no Switch. O primeiro Curse of the Moon foi um dos primeiros jogos que eu terminei em 2021 e agora a história se repete com o segundo em 2022, que mágico.

Pra quem náo conhece ou simplesmente tem um péssimo gosto para jogos, Bloodstained nasceu como um jogo que prestava homenagem ao Castlevania Symphony of the Night no Kickstarter, e um jogo "extra" foi feito como recompensa, prestando homenagem aos Castlevania do NES. Só que o jogo "extra" acabou fazendo mais sucesso que o principal , tanto que recebeu esta sequencia.





Assim como no primeiro Curse of the Night, você controla quatro personagens que podem ser trocados a qualquer momento com o toque de um botão. Cada um deles tem diferentes habilidades então é necessário saber o momento de usar cada um. O personagem principal é o mesmo Zengetsu, mas os outros 3 são diferentes dos 3 do primeiro jogo, com habilidades diferentes também. Pra zerar o jogo de fato precisa terminar ele 4 vezes, cada vez que termina abre um novo "episódio", mas embora sejam as mesmas fases você pode pegar caminhos diferentes, e aí é que entram as habilidades extras dos personagens. As fases têm ramificações que só podem ser acessadas com diferentes habilidades, então a cada episódio você acaba pegando um caminho novo. É legal também o fato de que no terceiro episódio os 3 personagens do primeiro jogo se juntam à equipe então no episódio final você tem 7 personagens à disposição.

Muito bom jogo, a soma dos 4 episódios acabou ficando por volta de 12 horas de jogo.

Nessa semana fiquei com saudades do velho Dreamcast e resolvi dar um pouco de atenção para ele, zerei quatro joguinhos de luta que tenho pro console.

Comecei pelos principais, que são os dois Capcom vs SNK. Totalmente excelentes, tem nem o que falar. O único ponto realmente negativo dos jogos é que a Capcom, preguiçosa como sempre, em vez de refazer os sprites dos personagens pro jogo simplesmente reaproveitou de jogos antigos, então fica bem esquisito quando um personagem da SNK, redesenhado, luta contra uma Morrigan que tá com os sprites do primeiro Darkstalkers, até mesmo com resoluções diferentes. Se tivessem refeito todos os personagens, como fizeram com Ryu, Ken e Chun Li, teria ficado bem melhor visualmente. Mesmo assim, dois jogões (mas bem que cada personagem podia ter o seu final próprio, como no SNK vs Capcom, e não esse mesmo final genérico para todos...)




Aproveitei e terminei o KOF Dream Match 1999, que é o port de KOF 98 pro DC. Excelente versão, foi o primeiro KOF onde botaram cenários 3D mas até que ficou bom, bem fiéis aos 2D originais.



Por fim terminei pela primeira vez o Street Fighter Alpha 3 do console. Dizem que a melhor versão de todas é a de Saturno mas essa de DC dá pro gasto, pelo menos não custa um rim como a de Saturno. O 3 é o meu menos favorito da trilogia Alpha, mas é bom também.



E todos esses jogos eu zerei usando o Dreamconnector, que é um adaptador pra usar controles de Saturno no DC. Pra jogos 3D eu nem acho o controle original do DC ruim mas pra 2D não tem como, o direcional é ruim demais. Melhor investimento que fiz anos atrás foi comprar dois desses Dreamconnector baratos quando era fácil de achar.