Zaxxon 3D
Novamente sem papelzinho, porque a praga dessa tela dura apenas alguns segundos.
Outro que eu herdei da minha locadora da infância, por sinal.
Eu me lembro de jogar
Zaxxon em um PC-XT nos meus primeiros tempos de contato com a plataforma, ali na aurora dos anos 90; presente de uma prima, que me passou um disquete lotado de
joguinhos no qual ele estava incluso. Se não me engano, eu tinha visto o jogo em uma
Micro Sistemas antes também. Mais do que manjado por ter sido adaptado para tudo quanto era console e computador de oito bits na época, nele você controla uma nave derrotando invasores para restaurar a paz na galáxia ou algo do tipo. Um detalhe curioso: na versão arcade, Zaxxon é o nome do chefe da cada fase, um robozão quadrado que parece ter saído um filme dos anos 1950. Já no Master, Zaxxon é o nome da nave, em um daqueles momentos "o Zelda/o Metroid" que tanto nos irrita, só que oficializado.
A principal diferença do port de
Zaxxon para o Master, no entanto, é ter trocado a perspectiva isométrica por uma em terceira pessoa, para poder fazer valer o 3D que acompanha o título - no Japão, aliás, o jogo vinha de brinde em um
bundle do Óculos 3D do console. Sorte que, para quem não tem o equipamento, não curte ou não consegue enxergar direito os efeitos (pertenço aos três casos), é possível desabilitar essa característica apertando Pause na tela título. Pela mudança, o ambiente do jogo foi bastante simplificado, tirando boa parte da "vida" que os cenários tinham, tanto em detalhes quanto em variedade de inimigos. Por motivos que explicitarei em breve, eu imagino que a graça mesmo da coisa deva ter a ver com usar os Óculos, bem como o mesmo deve evitar de você passar um bocado de raiva...
A estrutura das nove fases, que entram em
loop após a morte do último chefe, é basicamente a mesma. Um início do qual você deve alvejar naves que te atacam no vácuo do espaço, depois um tipo de corredor cheio de barreiras, canhões e lança-mísseis no solo e então outra área de espaço aberto, no qual o chefe aparece. Estes últimos são naves que ficam se revezando e aparecem em trio na última fase, sendo que o ponto fraco de todas é a cabine. No estilo do clássico
River Raid, você precisa também prestar atenção ao combustível da nave, que não só é usado para movimentá-la mas também para gerar os tiros. Para reabastecer, é preciso destruir tanques que se encontram nas porções do corredor. Ao explodir os inimigos, você podem encontrar cápsulas com itens, que melhoram seu tiro em dois níveis (selecionados com o botão 1), aumentam a velocidade, estendem a barra de combustível, ou dão vidas extras. Conheço os dois últimos apenas pelo manual, porque sinceramente não me lembro de ter pegado os mesmos.
Agora, a sessão lamentação. Recomendo ir pegar um café.
Todos os problemas do jogo dizem respeito a uma coisa só: a perspectiva dele. No
Zaxxon original, ela era o conceito que o movia, no que diz respeito a você ter que estar em uma altura certa para atingir os adversários, explodir os tanques de combustível ou evitar se chocar com algo. Aqui é a mesma coisa, mas o ângulo escolhido para acentuar o efeito 3D acaba atrapalhando tudo~, pelo menos na versão 2D. Já no início você percebe o quanto é complicado acertar as naves inimigas, dado que não dá para saber exatamente a que altura elas estão. A "mira" presente no arcade original também surge aqui quando você está alinhado com um adversário, mas a movimentação da nave é tão mais lenta em relação às demais que não adianta muito. No caso dos inimigos do chão do corredor, a dificuldade é menor em atingí-los, mas na mesma área surge a grande nêmese de
Zaxxon 3D: as barreiras elétricas. É simplesmente um saco acertar o lugar de atravessá-las, um orifício entre os muros e as mesmas. No original dava para passar sobre elas em caso de desespero, aqui não haveria nem tempo hábil para isso se fosse possível. O esquema é o mesmo do arcade, ficar atirando até os disparos começarem a ultrapassar. Mas aí junta ângulo, velocidade precária da nave, controle que podia ser melhor um pouquinho e uma dose de aleatoriedade e temos uma desculpa perfeita para abandonar o jogo ali pelos idos da quarta fase. Estágio, muito bem lembrado, que foi o ponto no qual cheguei e voltei ao início diversas vezes - sim, nada de
continues no jogo! - até entender
mais ou menos a lógica em se passar dessas porcarias. Umas 80% das vidas perdidas foram culpa das mesmas; deve dar para terminar o jogo em menos de meia hora, mas eu gastei diversas vezes esse período de tempo graças às malditas.
Lidar com o combustível é algo meio chatinho também. Depois de algumas quedas, eu simplesmente parei de atirar nos inimigos e fiquei desviando deles para economizar gasosa, guardando os tiros para os tanques, buracos das barreiras e chefe. Só recomendo aumentar o nível da arma duas vezes antes de começar a fazer isso, porque a versão mais forte quebra um galho tremendo para matar tanto os chefes quanto para se livrar de uns mísseis teleguiados que começam a aparecer em um determinado ponto (
After Burner mandou lembrança). Também recomendo evitar pegar em excesso itens que aumentam a velocidade da nave, já que isso faz com que o combustível também se esvai mais rápido. Nem imagino o quanto isso deve ser problemático no segundo
loop, já que não durei o suficiente na fase 10 para chegar ao corredor, o combustível acabou antes nas vidas que me restavam.
Jogo padrão "só tenho esse para jogar até ganhar
Phantasy Star no Natal" ou "só tinha esse e
Back to the Future II na locadora, então vai esse", experimente mas não se apegue. Na dúvida, vá jogar um dos
Alex Kidd ou
Sonic que é beeeeem mais negócio.
Gigacom escreveu: ↑Ter Jul 11, 2017 6:15 pmAce of Aces e F16 são inzeráveis. Bem... isso é o que tenho achado até o momento.
Action Fighter é outra carniça de ruim de zerar, pior que After Burner x1000!
Asterix o Xisto bem que podia matar...
DMN tá com o Flash. Ô filhote! Aproveita e mata o Hulk, Spiderman e Superhomão, assim você fechará os de super heróis!!!
Chefe precisa fechar o Fantasy Zone que tá sobrando...
Odin, que tal pegar o Taz?
Nós vamos ter problema também com
Populous e
Ultima IV. O segundo eu definitivamente não estou em um momento bom para encarar, até tentei mas não rolou por falta da dedicação necessária. Já o primeiro é um estilo do qual eu oficialmente não entendo/aprecio/manjo, então precisamos de uma boa alma para os dois.
O
Asterix-que-não-é-bom eu topo encarar em um dia que estiver muito de bom humor, porque ele é doloroso. Aquele Obelix que parece ter cheirado meia Colômbia ao andar me assusta, sério mesmo. Ah, o
Spider-Man eu termino com o maior prazer, caso queiram. Adoro aquele jogo e não toco nele desde 1994, acho.