Não, não é MK...
Não... Também não é Psychic World...
é....
É....
RUNNING BATTLE!!!
Eu resolvi pegar esse jogo, pois vocês não paravam de falar dele e era um dos únicos jogos do master que eu nunca tinha jogado na vida!
Logo de cara, o jogo já se mostra uma grande propaganda enganosa: visto que, apesar de se chamar Running Battle, o nosso heroi, Gray, faz de tudo, menos correr! (Ok, ele corre quando pega a invencibilidade, mas se for seguir essa lógica, Sonic se chamaria "Rotating Stars the Hedgehog").
Running Battle tenta com todas as forças te convencer que tem um plot: Você controla Gray, um cosplay do Kaneda que está muito revoltado por que mataram seu companheiro Brody. Mas quem o matou?! Foi o Mr. M, claro!
Mas o mágico dos mágicos não trabalha sozinho! Sua gangue é composta pelos mais variados tipos:
Capitain Brass - O seu típico estereótipo de capitão de navio fantasma com escorbuto.
Killer the kid - O seu típico estereótipo de malfeitor do velho oeste.
Samrai man (sic) - O seu típico estereótipo de samurai (ou seria samrai?).
e Miracle man - O seu típico estereótipo de primo sem talento do Adam West.
Sim, esse grupo não tem nada a ver com o cenário futurista urbano do jogo, mas quem liga? TEM UM SAMURAI!!
Logo de cara, o jogo já te larga numa cidade típicamente seguista, com o logo da companhia pichado em cada píxel da parede. Mas não demora muito até Gray chegar no esconderijo secreto da gangue do Mr. M, onde todas as salas são extremamente parecidas, mas com cores diferentes.
Os controles não são ruins, Gray faz exatamente o que você quer que ele faça, quando você quer que ele faça. O sistema de combate é simples e eficiente: você tem um soco e apertando o mesmo botão combinado com o direcional pra cima, você tem um chute. Você também tem uma voadora (aí que entra o segredo do jogo: DÊ VOADORA EM TUDO QUE SE MOVE) e duas armas de fogo disponíveis: uma pistola e um rifle. Gray é muito burro e não sabe atirar abaixado, mas as armas de fogo fazem um belo estrago quando se tem uma boa distância dos inimigos.
O jogo é relativamente fácil (de forma decepcionante, eu diria) e bem curto. Se você souber pegar as inúmeras vidas escondidas, dá pra terminar em minutos (levando em consideração que eu nunca tinha jogado esse jogo na vida).
No fim das contas, Running Battle é um jogo ruim? CLARO QUE NÃO! Ele é um jogo de ação nos moldes de Rolling Thunder e Codename Viper, com uma história babaca e irresistível de filmes clichê de ação dos anos oitenta e noventa! Mas também não é um primor... É meio quebrado às vezes e sofre de típicos bugs de jogos do gênero em oito bits (sprites piscando pra todo lado). Às vezes é meio frustrante tentar acertar os inimigos e muitas vezes eu os deixo pra lá e pulo por cima deles...
Minha impressão final é que o jogo é bom, mas falta algo nele... Algo que Rolling Thunder tem que esse jogo não tem... Acredito que em mãos certas, esse jogo seria um clássico do Master System. Infelizmente ele foi esquecido.