As TVs nas quais vocês cresceram jogando
Enviado: Qui Abr 28, 2016 9:45 pm
Tópico nostálgico inspirado por uma postagem recente do Odin, no qual ele conta como tinha que estapear sua antiga TV Sharp para que funcionasse direito
Direto ao ponto, crianças: compartilhem imagens e lembranças das TVs nas quais vocês jogavam quando crianças e adolescentes, nos tempos áureos dos 8, 16, 32 e 64 bits
A minha TV de jogatina por mais de uma década e meia foi essa preciosidade aqui, de 20 polegadas:
Se não me engano, ela deve ter sido comprada lá pelos idos de 83/84; também lembro de sua caixa, que era laranja e azul-clara. Ela virou a TV "principal" da casa, tomando o lugar de um gigantesco aparelho preto e branco que foi demovido para o quarto de visitas/multiuso. Era um primor de eletrônico para a época, com imagens e som muito bons. O design ainda tinha alguma coisa do final dos anos 1970, como a textura de madeira denuncia - lembram do Atari woodgrain? - mas dá para reparar que ela possuía uma coisa mais reta/futurista bem oitentista correndo junto ali também. Na parte de baixo tinham uns controles de cor e rotação, bem como uma entrada para microfone(!) e fone de ouvido. A portinha com um símbolo RGB escondia a sintonia fina dos canais (que era feita com uma chavinha de fenda plástica branca, que lembrava a tri-wing que a Ni***ndo tanto gosta). Aliás, é fascinante nesses nossos tempos de TV por assinatura e Netflix você imaginar que a TV tinha botões físicos individuais para os canais Se não me engano, o 1 e o 2 nunca foram usados, o 3 era o clássico da jogatina, o 4 Manchete, 5 Bandeirantes, 6 TVS/SBT, 7 Record e 8 (que sabe-se lá porque se chamava VTR nesse aparelho, video tape recorder?) era a Globo.
Quando alguém não estava vociferando que o hábito estragava a TV (o flyback dela queimou duas vezes e adivinhe quem foi o culpado?), eu joguei muito videogame nessa belezinha: Atari, Master System, Super Ni***ndo, o primeiro Playstation e Ni***ndo 64, tudo via RF quando eu ainda não era um chato de galocha com essa coisa de qualidade de vídeo Mais ou menos entre o Master e o SNES, ela ganhou uma substituta mais moderna para ser a titular da casa, ficando mais para filmes e videogame em outra sala. Agora, é interessante observar como tal chato de galocha nasceu; primeiro foi quando tive o PS1 e o N64 e ficava meio irritado de toda vez ter que tirar as respectivas caixinhas RFs de um para ligar o outro, bem como o sinal da própria TV que dividia a única conexão da mesma. Um belo dia, encontrei sem querer nas ferramentas do meu pai um divisor de sinal de vídeo - desses que eram usados nas conexões de antena parabólica, devia ter sobrado da instalação da mesma aqui - e resolvi testá-lo "ao contrário" para ver se unia o vídeo de cada console. Mesmo com o ceticismo do meu pai - e sua frase de efeito "não vai sair fumaça do aparelho de novo, né?", cunhada por conta de um "incidente" infeliz protagonizado por mim alguns anos antes - a gambiarra funcionou perfeitamente. Ali eu percebi que maravilha era fazer o mínimo possível de esforço em termos de trocar cabos para poder usar os videogames, hábito curioso que me persegue até hoje
Já a obsessão nada saudável com a qualidade do sinal começou, como sempre, por acaso. Eu estava jogando Final Fantasy VIII na Philco-Hitachi e cheguei até a parte na qual você precisa encontrar o GF Odin, tarefa que deve ser cumprida em menos de 20 minutos. Em terminado ponto desse estágio, você encontra um código numérico em uma gárgula e precisa usá-lo em outra estátua semelhante logo depois - para quem não se lembra ou jogou, o momento exato está a partir dos 4m25s do vídeo abaixo:
[BBvideo=560,340]https://youtu.be/vAFhbk-Qnvo?t=265[/BBvideo]
Eu chegava nesta parte e simplesmente agarrava, porque não aparecia o tal lugar de colocar o código na tela! Dava para ver só alguns pixels do mesmo aparecendo na borda da tela, mas não tinha condição de discernir os números - a TV cortava um pedaço considerável da TV quando usada com o PS1, talvez por uma diferença de resolução ou algo do tipo. Como o aparelho só tinha regulagem vertical, não dava nem para rolar a tela um pouco para vê-los. A solução que encontrei foi ir na surdina até a TV titular - digamos que eu tinha uma recomendação expressa de não espetar nada dela desde o tal incidente - e estrear nela o até então virgem cabo AV que viera com o console. Além da tela do jogo ter sido exibida perfeitamente, possibilitando usar o código nessa tentativa, eu fiquei impressionado com a diferença na qualidade de imagem. Eu continuaria a jogar o PS1 e o N64 em RF por algum tempo, dando umas fugidas eventuais para jogá-los em AV na outra titular. Algum tempo depois minha estimada Philco-Hitachi foi trocada por uma TV de 29" e se não me engano vendida a algum conhecido, fechando um ciclo de bons serviços de quase duas décadas. A tal TV nova, além de um monte de AVs, tinha uma nova entradinha marota chamada s-video... Dali em diante, foi só ladeira abaixo nessa vida
Direto ao ponto, crianças: compartilhem imagens e lembranças das TVs nas quais vocês jogavam quando crianças e adolescentes, nos tempos áureos dos 8, 16, 32 e 64 bits
A minha TV de jogatina por mais de uma década e meia foi essa preciosidade aqui, de 20 polegadas:
Se não me engano, ela deve ter sido comprada lá pelos idos de 83/84; também lembro de sua caixa, que era laranja e azul-clara. Ela virou a TV "principal" da casa, tomando o lugar de um gigantesco aparelho preto e branco que foi demovido para o quarto de visitas/multiuso. Era um primor de eletrônico para a época, com imagens e som muito bons. O design ainda tinha alguma coisa do final dos anos 1970, como a textura de madeira denuncia - lembram do Atari woodgrain? - mas dá para reparar que ela possuía uma coisa mais reta/futurista bem oitentista correndo junto ali também. Na parte de baixo tinham uns controles de cor e rotação, bem como uma entrada para microfone(!) e fone de ouvido. A portinha com um símbolo RGB escondia a sintonia fina dos canais (que era feita com uma chavinha de fenda plástica branca, que lembrava a tri-wing que a Ni***ndo tanto gosta). Aliás, é fascinante nesses nossos tempos de TV por assinatura e Netflix você imaginar que a TV tinha botões físicos individuais para os canais Se não me engano, o 1 e o 2 nunca foram usados, o 3 era o clássico da jogatina, o 4 Manchete, 5 Bandeirantes, 6 TVS/SBT, 7 Record e 8 (que sabe-se lá porque se chamava VTR nesse aparelho, video tape recorder?) era a Globo.
Quando alguém não estava vociferando que o hábito estragava a TV (o flyback dela queimou duas vezes e adivinhe quem foi o culpado?), eu joguei muito videogame nessa belezinha: Atari, Master System, Super Ni***ndo, o primeiro Playstation e Ni***ndo 64, tudo via RF quando eu ainda não era um chato de galocha com essa coisa de qualidade de vídeo Mais ou menos entre o Master e o SNES, ela ganhou uma substituta mais moderna para ser a titular da casa, ficando mais para filmes e videogame em outra sala. Agora, é interessante observar como tal chato de galocha nasceu; primeiro foi quando tive o PS1 e o N64 e ficava meio irritado de toda vez ter que tirar as respectivas caixinhas RFs de um para ligar o outro, bem como o sinal da própria TV que dividia a única conexão da mesma. Um belo dia, encontrei sem querer nas ferramentas do meu pai um divisor de sinal de vídeo - desses que eram usados nas conexões de antena parabólica, devia ter sobrado da instalação da mesma aqui - e resolvi testá-lo "ao contrário" para ver se unia o vídeo de cada console. Mesmo com o ceticismo do meu pai - e sua frase de efeito "não vai sair fumaça do aparelho de novo, né?", cunhada por conta de um "incidente" infeliz protagonizado por mim alguns anos antes - a gambiarra funcionou perfeitamente. Ali eu percebi que maravilha era fazer o mínimo possível de esforço em termos de trocar cabos para poder usar os videogames, hábito curioso que me persegue até hoje
Já a obsessão nada saudável com a qualidade do sinal começou, como sempre, por acaso. Eu estava jogando Final Fantasy VIII na Philco-Hitachi e cheguei até a parte na qual você precisa encontrar o GF Odin, tarefa que deve ser cumprida em menos de 20 minutos. Em terminado ponto desse estágio, você encontra um código numérico em uma gárgula e precisa usá-lo em outra estátua semelhante logo depois - para quem não se lembra ou jogou, o momento exato está a partir dos 4m25s do vídeo abaixo:
[BBvideo=560,340]https://youtu.be/vAFhbk-Qnvo?t=265[/BBvideo]
Eu chegava nesta parte e simplesmente agarrava, porque não aparecia o tal lugar de colocar o código na tela! Dava para ver só alguns pixels do mesmo aparecendo na borda da tela, mas não tinha condição de discernir os números - a TV cortava um pedaço considerável da TV quando usada com o PS1, talvez por uma diferença de resolução ou algo do tipo. Como o aparelho só tinha regulagem vertical, não dava nem para rolar a tela um pouco para vê-los. A solução que encontrei foi ir na surdina até a TV titular - digamos que eu tinha uma recomendação expressa de não espetar nada dela desde o tal incidente - e estrear nela o até então virgem cabo AV que viera com o console. Além da tela do jogo ter sido exibida perfeitamente, possibilitando usar o código nessa tentativa, eu fiquei impressionado com a diferença na qualidade de imagem. Eu continuaria a jogar o PS1 e o N64 em RF por algum tempo, dando umas fugidas eventuais para jogá-los em AV na outra titular. Algum tempo depois minha estimada Philco-Hitachi foi trocada por uma TV de 29" e se não me engano vendida a algum conhecido, fechando um ciclo de bons serviços de quase duas décadas. A tal TV nova, além de um monte de AVs, tinha uma nova entradinha marota chamada s-video... Dali em diante, foi só ladeira abaixo nessa vida