Re: Jogatina Sega Brasil 2017
Enviado: Ter Jun 27, 2017 9:47 pm
Castlevania: Aria of Sorrow (GBA) - falando na franquia de matadores de vampiro e em jogo curto, eis um que junta as duas coisas. Realmente não lembro se cheguei a terminar este aqui quando joguei, a exemplo do que aconteceu com Harmony of Dissonance; possivelmente isso tem a ver com o fato de jogar ambos em um período menos louvável da vida da minha biografia do não guardo lá muitas recordações... Bom, se os dois jogos anteriores da série no Game Boy Advance foram tentativas de serem versões pocket de Symphony of the Night, este aqui é o preciso ponto de ruptura onde a série resolver tentar algo um pouco diferente e que ia desaguar nos três jogos distintos entre si do Ni***ndo DS, um deles sequência direta deste. Mesmo tendo SotN como base, começam a experimentar um pouco em AoS, e isso é ótimo.
O primeiro sinal disso é o período no qual se passa a história, o começo do século XXI - naquela época, antes do lançamento de Poirtrat of Ruin, o mais "recente" cronologicamente que os jogos haviam chegado era o cenário do início do século XX de Bloodlines. Drácula foi definitivamente derrotado em 1999 por um Belmont e seu castelo exilado para dentro de um eclipse(!), fazendo com que não tenha mais poder. Corta para 2035, quando um jovem chamado Soma e sua amiga Mina resolvem assistir ao primeiro eclipse daquele século e então são teleportados para um "misterioso castelo" dentro do mesmo. Lá encontram um sujeito chamado Genya ARIKADO (huuuum...) que derrota alguns monstros e explica a Soma que ele possui um grande poder dentro de si, que aquele é o castelo de Drácula e que ele precisa fazer algo a respeito para impedir que o dentuço volte. O garoto ainda vai encontrar outros tipos estranhos dentro do castelo, como Hammer, um militar que resolve abandonar sua unidade e montar uma loja ali mesmo(!), Yoko BELNADES (huuuuuuuuuuuum...), uma mulher misteriosa que parece ter ligação com Mina, além do esquisitão Graham Jones e o amnésico J, que parecem ter algo a ver com o legado do lugar. Muito da trama é apenas insinuada aqui, indo se resolver definitivamente em Dawn of Sorrow.
Em termos de jogabilidade, ele de cara é mais SotN ainda do que seus dois antecessores. Soma não é usuário de chicote, sendo mais um rapaz de espadas, martelos e foices como o bom e velho Alucard - além de ser possível achar coisas como uma pistola automática se explorarmos bem o castelo. Em compensação, não temos mais sub-armas, pelo menos não exatamente da forma antiga. O pulo do gato aqui para inovar nos Metroidvania foi a invenção do Tactical Soul System, uma versão inacreditavelmente melhorada dos poderes do Nathan de Circle of the Moon. Todos os inimigos derrotados tem a possibilidade (baixíssima...) de deixar para trás sua alma, que adiciona um poder novo que pode ser usado pelo protagonista. Isso sem a chatice de combinar cartinha ou coisa do tipo, é pegar e usar a custa de poder mágico. Como temos 110 almas diferentes e podemos usar três categorias delas ao mesmo tempo (ataque, utilitária e habilidade), isso dá uma variedade incrível de possibilidades para se personalizar Soma, pois a maioria delas é realmente útil.
Os chefes são interessantes, desafiadores sem serem absurdamente difíceis. Não são aquela inconha de ficar esperando brecha eternamente e demorando uma eternidade para morrerem como CotM e nem são só "fique acertando sem parar até morrer em menos de um minuto" de HoD, é um meio termo muito interessante entre ambos. Apesar disso, achei os chefe final (o verdadeiro, que precisa de condições para aparecer) meio fraquinho, de certa forma até o suposto último chefe e o combate imediatamente anterior a ele são mais desafiadores. Nada que chegue a decepcionar, mas vale mencionar. Outras coisas que gostei também incluem a possibilidade de se vender armas e demais itens ao Hammer para gerar algum dinheiro e também a possibilidade de se escolher o próximo destino dos portais teleportadores, duas adições muito bem-vindas para ajudar no desenrolar e na exploração do castelo. Falando em exploração, a mesma é bem orgânica, com os poderes ganhos ajudando quase que imediatamente a passar a próxima etapa do castelo e exigindo umas mínimas voltas aqui e ali. Apesar de soar como linear, funciona até bem. Ah, e temos passagens secretas quebráveis aqui também, algo virtualmente ausente do predecessor.
Óbvio, nem tudo são flores. De cara, o que incomoda mais é o fato do jogo ser meio curto... Não só em relação aos mais recentes, mas também aos antecessores da plataforma. Terminei-o rapidinho com a porcentagem máxima, muito pela "linearidade" descrita acima e pelo fato de só haver um castelo - sim, a gente fica mal acostumado com essas coisas. Outra coisa são as benditas almas; embora sejam bem interessantes - e, na minha opinião, mais úteis e variadas do que na sequência, que teria certa gordura alguns anos depois - elas raramente são deixadas pelos monstros, o drop rate é terrível. Já quase no final do jogo você tem a possibilidade de comprar um item caríssimo (300.000, sendo que a espada mais valiosa na loja custa 14.000...) para aumentar o surgimento delas, mas ainda assim é algo demorado, coisa que infelizmente também aconteceria em DoS. Eu precisei de algumas almas específicas para realizar algumas ações e todas demoraram uma eternidade cada uma para aparecer, quase perdi a paciência com o jogo. Terminei o mesmo com 42% dos poderes coletados e sinceramente fiquei desmotivado para buscar o resto deles, pois tenho certeza de que - mesmo o o tal item caro pra cacete já comprado - iria gastar a mesma quantidade de tempo que levei para terminá-lo para fechar o conjunto. O jogo tem um final extra para quem realiza o feito, que pelo que li difere apenas um pouco do final "bom" que consegui. Um dia eu encontro a paciência para fazê-lo, quem sabe.
O primeiro sinal disso é o período no qual se passa a história, o começo do século XXI - naquela época, antes do lançamento de Poirtrat of Ruin, o mais "recente" cronologicamente que os jogos haviam chegado era o cenário do início do século XX de Bloodlines. Drácula foi definitivamente derrotado em 1999 por um Belmont e seu castelo exilado para dentro de um eclipse(!), fazendo com que não tenha mais poder. Corta para 2035, quando um jovem chamado Soma e sua amiga Mina resolvem assistir ao primeiro eclipse daquele século e então são teleportados para um "misterioso castelo" dentro do mesmo. Lá encontram um sujeito chamado Genya ARIKADO (huuuum...) que derrota alguns monstros e explica a Soma que ele possui um grande poder dentro de si, que aquele é o castelo de Drácula e que ele precisa fazer algo a respeito para impedir que o dentuço volte. O garoto ainda vai encontrar outros tipos estranhos dentro do castelo, como Hammer, um militar que resolve abandonar sua unidade e montar uma loja ali mesmo(!), Yoko BELNADES (huuuuuuuuuuuum...), uma mulher misteriosa que parece ter ligação com Mina, além do esquisitão Graham Jones e o amnésico J, que parecem ter algo a ver com o legado do lugar. Muito da trama é apenas insinuada aqui, indo se resolver definitivamente em Dawn of Sorrow.
Em termos de jogabilidade, ele de cara é mais SotN ainda do que seus dois antecessores. Soma não é usuário de chicote, sendo mais um rapaz de espadas, martelos e foices como o bom e velho Alucard - além de ser possível achar coisas como uma pistola automática se explorarmos bem o castelo. Em compensação, não temos mais sub-armas, pelo menos não exatamente da forma antiga. O pulo do gato aqui para inovar nos Metroidvania foi a invenção do Tactical Soul System, uma versão inacreditavelmente melhorada dos poderes do Nathan de Circle of the Moon. Todos os inimigos derrotados tem a possibilidade (baixíssima...) de deixar para trás sua alma, que adiciona um poder novo que pode ser usado pelo protagonista. Isso sem a chatice de combinar cartinha ou coisa do tipo, é pegar e usar a custa de poder mágico. Como temos 110 almas diferentes e podemos usar três categorias delas ao mesmo tempo (ataque, utilitária e habilidade), isso dá uma variedade incrível de possibilidades para se personalizar Soma, pois a maioria delas é realmente útil.
Os chefes são interessantes, desafiadores sem serem absurdamente difíceis. Não são aquela inconha de ficar esperando brecha eternamente e demorando uma eternidade para morrerem como CotM e nem são só "fique acertando sem parar até morrer em menos de um minuto" de HoD, é um meio termo muito interessante entre ambos. Apesar disso, achei os chefe final (o verdadeiro, que precisa de condições para aparecer) meio fraquinho, de certa forma até o suposto último chefe e o combate imediatamente anterior a ele são mais desafiadores. Nada que chegue a decepcionar, mas vale mencionar. Outras coisas que gostei também incluem a possibilidade de se vender armas e demais itens ao Hammer para gerar algum dinheiro e também a possibilidade de se escolher o próximo destino dos portais teleportadores, duas adições muito bem-vindas para ajudar no desenrolar e na exploração do castelo. Falando em exploração, a mesma é bem orgânica, com os poderes ganhos ajudando quase que imediatamente a passar a próxima etapa do castelo e exigindo umas mínimas voltas aqui e ali. Apesar de soar como linear, funciona até bem. Ah, e temos passagens secretas quebráveis aqui também, algo virtualmente ausente do predecessor.
Óbvio, nem tudo são flores. De cara, o que incomoda mais é o fato do jogo ser meio curto... Não só em relação aos mais recentes, mas também aos antecessores da plataforma. Terminei-o rapidinho com a porcentagem máxima, muito pela "linearidade" descrita acima e pelo fato de só haver um castelo - sim, a gente fica mal acostumado com essas coisas. Outra coisa são as benditas almas; embora sejam bem interessantes - e, na minha opinião, mais úteis e variadas do que na sequência, que teria certa gordura alguns anos depois - elas raramente são deixadas pelos monstros, o drop rate é terrível. Já quase no final do jogo você tem a possibilidade de comprar um item caríssimo (300.000, sendo que a espada mais valiosa na loja custa 14.000...) para aumentar o surgimento delas, mas ainda assim é algo demorado, coisa que infelizmente também aconteceria em DoS. Eu precisei de algumas almas específicas para realizar algumas ações e todas demoraram uma eternidade cada uma para aparecer, quase perdi a paciência com o jogo. Terminei o mesmo com 42% dos poderes coletados e sinceramente fiquei desmotivado para buscar o resto deles, pois tenho certeza de que - mesmo o o tal item caro pra cacete já comprado - iria gastar a mesma quantidade de tempo que levei para terminá-lo para fechar o conjunto. O jogo tem um final extra para quem realiza o feito, que pelo que li difere apenas um pouco do final "bom" que consegui. Um dia eu encontro a paciência para fazê-lo, quem sabe.