Pode riscar o Alien Syndrome da lista
Esse é um cara que sempre olhei torto por causa da jogabilidade meio travada, mas depois de jogar muito a versão arcade resolvi tentar a versão do SMS novamente.
Todo mundo está careca de saber (vide dcfan) que o Master é o rei dos ports, diversos jogos foram parar no nosso 8 bits preferido, alguns receberam tratamento de gala, outros nem tanto. Acho que Alien Syndrome ficou no meio termo.
A versão para fliperama roda na placa System 16 e é várias vezes superior a versão 8 bits (com seus 2 MEGA), não tem jeito.
Alien Syndrome no fliperama funciona da seguinte forma: escolha seu personagem e percorra diversas espaçonaves tentando salvar seus amigos enquanto detona com os aliens. As fases são abertas mas as vezes envolvem muitos vai e vem atrás dos prisioneiros e da saída. Pra deixar o negócio mais tenso ainda temos um limite de tempo antes da espaçonave explodir, e ele é curto! No final de cada fase encontramos os chefes, um mais bizarro que o outro, e é claro o tempo ainda está passando enquanto o enfrentamos.
É possível perceber claramente que a SEGA se inspirou no filme Aliens, o jogo bebe muito dele, e o faz bem. Os inimigos são bem interessantes, as músicas e os efeitos sonoros também. A ambientação é muito boa.
Na conversão para Master a SEGA removeu o scroll das telas, deixando-as estáticas, focando no lado clautrofóbico das fases. Agora temos verdadeiros labirintos para percorrer apesar do número de inimigos na tela ter caído drasticamente, isso provavelmente foi propositável por causa da capacidade técnica do aparelho, mas deixa o jogo sufocante, os inimigos estão sempre a poucos pixels de nosso personagem.
Os níveis sofreram muitas alterações, agora só o primeiro lembra realmente o primeiro nível do jogo original. Alguns chefes foram substituídos por outros mas são tão bizarros quanto. A maioria dos inimigos também são exclusivos do Master System, apenas um e outro vieram do arcade. A música lembra o arcade, inclusive a que toca durante as batalha com os chefes. Uma coisa muito boa é que essa versão manteve a opção de 2 players, que normalmente é cortado sumariamente nessas conversões.
A jogabilidade meio travada que citei no segundo parágrafo acontece por que ao entrar em uma tela os inimigos vão aparecendo aleatóriamente, mas por alguns instantes ficam piscando e nesses momentos estão invencíveis (mas também não nos atingem). Isso faz com que as vezes eles apareçam bem ao nosso lado e com isso temos que agir rápidamente para sair de perto deles, várias "cheap deaths" acontecem assim e são um saco. Mas após jogar por um tempo consegui me acostumar com esse sistema e até imagino que tenham optado por ele para não poluir demais a tela e causar slowdowns (que ocorrem quando há varios inimigos na tela).
Ao se acostumar com esse sistema, o jogo começa a ficar bem legal. A dificuldade maior então se torna encontrar os prisioneiros e enfrentar os chefes a tempo.
Os chefes não são tão difícies se chegarmos até eles com a arma laser, mas a situação piora muito se perdermos uma vida e tivermos que enfrentá-lo com a arma original.
Aliás as armas foram herdadas da versão arcade: laser, fogo e o tiro que começamos. Além deles ainda temos um warp que nos transporta para outro ponto do mapa, um item que acaba com todos os inimigos na tela e também algumas "interrogações" que podem nos tornar invencíveis. Esses extras não existem na versão original, mas em contrapartida há mais armas.
A próxima imagem até coloquei em spoiler por que é algo que não vemos todos os dias: