Telenet / Renovation – A Fábrica de Animes no Mega Drive!

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Sonymaster
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Telenet / Renovation – A Fábrica de Animes no Mega Drive!

Mensagem por Sonymaster »

Hoje trazemos um outro estúdio que infelizmente já fechou as portas, mas que assim como a Treasure, marcou grande presença no 16 bits da Sega: a Telenet Japan, ou também como era conhecida pela sua contraparte norte-americana, a Renovation.

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Se você jogava Mega Drive na década de 90, deve ter se deparado (assim como eu) com alguns títulos com belíssimas aberturas no estilo anime. Na época eu começava a conhecer as animações japonesas, então sempre era uma alegria muito grande quando eu “alugava” um jogo e via aqueles pixels de olhos grandes na tela.
Um jogo em especial me marcou muito nesta época: Valis III (imagem abaixo), lançado em 1991 no Megão (eu cheguei a fazer um site todo dedicado a essa série no final dos anos 90).

A Telenet foi fundada em 1983 no Japão por Kazuyuki Fukushima, posteriormente tendo como subsidiárias vários estúdios como as Wolf Team, Laser Soft e Reno/Riot. Vamos conhecer melhor a história dessa empresa? Então vem com a gente!

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O Início – computadores japonesesAntes de marcar presença no mercado de consoles, a Telenet se consolidou como um estúdio durante os anos 80, desenvolvendo e publicando jogos para computadores domésticos japoneses, como o MSX (sistema bem popular aqui no Brasil), os PC-88/98 e o glorioso Sharp X68000 (todos esses exclusivos do Japão).

Títulos não muito expressivos como Tricky (1984), Piper (1985), American Truck (1985) e Albatross Tournament Golf (1986) marcam os primeiros anos da Telenet no mercado.

No entanto, foi em 1986 que um jogo entrou para a história do estúdio: Valis: The Fantasm Soldier, lançado inicialmente para os sistemas MSX, PC-88 e Sharp X1.
Com uma estrutura e mecânicas bem simples, o game era um jogo de ação e plataforma 2D, que tinha como protagonista uma jovem colegial que encontra uma espada mágica e se transforma em uma poderosa guerreira, com a missão de salvar a Terra e outras dimensões da invasão de monstros malignos.

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A versão de MSX era a mais simples (tinha um gameplay horrível), mas a versão para as (várias) outras plataformas, sempre ia incluindo melhorias e aperfeiçoamentos, o que tornou o título uma das principais franquias da empresa – chegou a receber três sequências nos anos seguintes, sempre com uma grande ênfase na narrativa e nos personagens.

A série Valis é na verdade mediana como jogo de plataforma 2D e seu “sucesso” (se é que podemos chamar assim) certamente vem do boom de animes com jovens colegiais envolvendo magia/fantasia das décadas de 80/90, lembradas aqui no Brasil principalmente por Sailor Moon e Guerreiras Mágicas de Rayearth.

O ano de 1986 também marca outro acontecimento importante na história da empresa e dos videogames em geral: a fundação do estúdio Wolf Team, que se tornaria o principal desenvolvedor de jogos da Telenet e mais tarde se tornaria a Namco Tales Studio, criadora da popular série de RPGs “Tales of”.

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A Wolf Team lançou vários games populares e por isso merece um grande destaque na história da Telenet. Um dos seus primeiros trabalhos foi justamente o game Valis: The Fantasm Soldier.

Em plataformas mais robustas como o PC-88/98, o salto de qualidade no jogo, em comparação ao MSX, é perceptível e já mostrava o que seria a marca registrada da Wolf Team em seus títulos: várias cenas de anime (ou cutscenes) que ajudavam a contar a história da aventura.

Apesar de hoje em dia as famigeradas cutscenes serem algo normal (e até obrigatórias), lembrem-se que estamos em 1986 e Valis fazia história não por ser um jogo de plataforma, mas sim com o seu pioneirismo nas cenas cinematográficas – o primeiro Ninja Gaiden, habitualmente lembrado pela sua narrativa e cutscenes, chegou ao Nintendinho só em 1988.

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Em 1987 a Wolf Team tornou-se independente da Telenet, porém foi reintegrada anos mais tarde e se fundiu com outra subsidiária da empresa, a Lasersoft, e por volta de 1993/94 sofreu uma nova reestruturação com a parceria com a Namco.

Entre os principais membros da Wolf Team temos o CEO e produtor Masahiro Akishino, o programador Yoshiharu Gotanda, o designer Masaki Norimoto, o diretor Joe Asanuma, o artista gráfico Yoshiaki Inagaki, o designer de efeitos sonoros Ryota Furuya e o hoje notório compositor Motoi Sakuraba.

Seguindo novas direções

Em 1994, a Wolf Team estava projetando um novo RPG chamado Tale Phantasia, escrito e programado por Yoshiharu Gotanda, com design de Masaki Norimoto e trilha sonora por Motoi Sakuraba, Shinji Tamura e Ryota Furuya.

Para lançar o jogo e ter um alcance a nível mundial maior, a Telenet/Wolf Team fechou contrato com a Namco, estúdio bem mais conhecido mundialmente, e que insistiu em várias mudanças no projeto, incluindo a renomeação do game para Tales of Phantasia.

Os conflitos entre as duas partes levou a um adiamento do lançamento do jogo de 1994 para 1995 no SNES, e além disso a maior parte da equipe inicial saiu da empresa para fundar a sua própria, a tri-Ace (formada pelos ‘três ases’ Yoshiharu Gotanda, Masaki Norimoto e Joe Asanuma), em 1995 – entre os seus principais trabalhos estão as franquias Star Ocean e Valkyrie Profile.
 
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A Wolf Team então desenvolveu um trabalho mais focado nos próximos games Tales of, até ser renomeada para Namco Tales Studio em 2003, quando a Namco comprou suas ações tornando-se a proprietária majoritária (no entanto, os direitos da maioria das propriedades intelectuais da Wolf Team ainda continuariam com a Telenet).

A Namco Tales Studio continuou seu trabalho até 2011, quando foi anunciado que o estúdio seria dissolvido e se fundiria com a sua editora, tornando-se então a Bandai Namco Games.

E assim terminou a história da Wolf Team, cujos membros talentosíssimos ainda geraram outros estúdios renomados.

Os Games = Pura Diversão

Mas antes de toda essa salada mista, a Telenet e a Wolf Team lançaram vários games populares no Mega Drive e no Sega CD (além de outras plataformas, como o PC-Engine, onde eram bem atuantes também), sendo que muitos desses jogos chegaram ao ocidente por meio da Renovation Products, a publisher da Telenet (e de alguns outros estúdios também) nos Estados Unidos.

Fundada em 1989, a Renovation teve um curto período de vida, mas bastante atuante, especialmente durante o auge do Mega Drive. Em 1993 a Sega comprou o estúdio, que foi dissolvido imediatamente, e a Telenet encerrou a produção de games nas plataformas da Sega.

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Vale lembrar que além das cenas de anime, outras características marcavam bem os jogos da Telenet/Wolf Team, como as belíssimas trilhas sonoras, que aproveitavam bem o chip sonoro do Mega Drive – a maioria assinada por Motoi Sakuraba (mas havia outros compositores talentosos), que mais tarde ficaria famoso com as trilhas orquestradas da série Tales of -, assim como as fantásticas artes japonesas das capas dos jogos (que ganhavam versões ocidentais bem feias pela Renovation).

Vamos relembrar alguns títulos memoráveis da Telenet/Wolf Team!

Final Zone (1990)

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A Wolf Team fez sua estreia no Mega Drive com o game Final Zone, que é na verdade o terceiro game de uma série que começou em 1986 no MSX, PC-88 e X1  (o primeiro game lançado pelo estúdio), mas que chegou originalmente para o X68000. Aqui o jogador assume o comando de um mecha com a missão de sair explodindo tudo pela frente com uma visão isométrica, simples assim – e quer algo mais legal do que explodir tudo num robozão no seu Megão?

Granada (1990)

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Lançado originalmente no X68000, também pela Wolf Tam, Granada logo recebeu um port no Mega Drive e foi muito bem recebido pelos fãs de shooters com visão aérea e ação frenética., além de contar com uma empolgante trilha sonora de Motoi Sakuraba (junto com Masaaki Uno e Yasunori Shiono).

Gaiares (1990)

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O Mega Drive é conhecido por possuir os melhores shoot-em-up (ou jogos de navinha, se preferir) da geração 16 bits, com uma grande variedade em seu catálogo, e um deles que merece destaque sem dúvida é Gaiares, desenvolvido pela Reno. Logo de cara temos uma longa e impressionante (para a época) abertura anime-pixel, que nos conta que no ano 3000 a Terra se tornou um depósito de lixo tóxico e que piratas espaciais planejam coletar o material para a produção de armas de destruição em massa. Temendo o pior, o conselho do Império Leezaluth envia uma advertência à Terra, afirmando que se não conseguir impedir os piratas, eles seriam forçados a destruir o nosso planeta. Assim, um jovem piloto é escolhido para combater os piratas, com uma nave armada com uma poderosa arma experimental de Leezaluth, chamada TOZ System, que seria operada por Alexis, uma emissária de Leezaluth. O jogo contém cenários belíssimos, além de uma trilha sonora fantástica assinada por Shinobu Ogawa (que também compôs as trilhas de Valis I e III no Mega Drive, entre outros games), que sabia como ninguém como aproveitar o chip sonoro do 16 bits da Sega. Sem dúvida um dos maiores shooters da história!

Valis III (1991)

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Olha o Valis aí de volta, fazendo sua estreia no Mega Drive com o terceiro game, desenvolvido pela Reno e lançado originalmente para o PC-Engine em 1990. A versão do Mega recebeu alguns cortes, mas no geral adapta bem o original (lançado em CD), com várias cutscenes, um gameplay sólido (com três personagens diferentes), belos gráficos e claro, com grande enfoque na narrativa e personagens. A trilha sonora, novamente, é um destaque à parte que só merece elogios (alguns temas chegam a ser melhores no Mega Drive do que a trilha de CD do PCE).

Arcus Odyssey (1991)

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Antes de chegar no Mega Drive, a Wolf Team lançou três títulos da série de RPG Arcus para computadores japoneses entre 1988 e 1991 (uma coletânea com esses três jogos foi lançada para o Sega CD no Japão). Arcus Odyssey foi lançado primeiramente no X68000 e depois chegou ao Mega Drive em uma versão quase idêntica, além de receber uma versão também no SNES (lançada apenas no Japão). Hoje conhecido como gênero dungeon crawler, o jogo apresenta uma aventura com visão isométrica onde é possível escolher entre quatro heróis para explorar vastos calabouços (ou dungeons, como preferir) com a missão de impedir o ressurgimento da maligna feiticeira Castomira. Um jogo de ação com elementos de RPG bem divertido e envolvente.

El Viento (1991)

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Jogo exclusivo da Wolf Team para o Mega Drive, lançado em 1991 e o primeiro de uma trilogia. O game segue o gênero de plataforma 2D com uma protagonista que tem como arma principal um bumerangue, além de algumas magias especiais. O jogador assume o comando da jovem feiticeira peruana Annet, que tenta impedir que um culto desperte o deus antigo e malévolo Hastur. A ambientação da aventura é nos EUA no final da década de 1920. Novamente um jogo de plataforma sólido e muito divertido (bem semelhante à Valis), com ação frenética e empolgante trilha sonora de Motoi Sakuraba.

Exile (1991)

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Antes de chegar no Mega Drive, Exile ganhou dois jogos para computadores japoneses no final dos anos 80. O RPG de ação foi lançado pela Riot originalmente para o PC-Engine CD e depois portado para o Mega Drive. Na época o jogo gerou uma certa polêmica, por ser ambientado no Oriente Médio do século XII e contar a história do assassino e guerreiro do deserto conhecido como Sadler, passando pelas grandes Cruzadas que devastaram a região. Alguns jogadores hoje comparam Exile à série Assassin´s Creed, por apresentar várias referências históricas, misturada com elementos dos RPGs tradicionais. Vale citar que a versão americana desse jogo teve várias censuras (como uma cena com pessoas sendo crucificadas e queimadas) e termos traduzidos diferentes para o inglês para evitar polêmicas. Um RPG bem distinto da maioria lançada na época.

Valis (1991)

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Cinco anos depois do seu lançamento original, a Telenet, por meio da Riot, lançou um remake do primeiro Valis no Mega Drive, trazendo várias boas mudanças e seguindo um estilo mais parecido com o de Valis III, lançado antes no console. O game apresenta bons gráficos, longas cenas de anime e uma bela trilha sonora, mas infelizmente peca em um gameplay extremamente lento e tedioso, o  que acaba matando boa parte da diversão. Mesmo assim não é um jogo ruim e vale uma conferida exatamente pelos pontos positivos citados.

Earnest Evans (1991)

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O Indiana Jones esquisitão da Wolf Team. O jogo é sequência de El Viento e seu lançamento é uma verdadeira salada mista. Ele foi lançado originalmente para o Sega CD (somente no Japão) e recebeu uma versão em cartucho somente nos EUA. A versão japonesa apresenta o game como um prelúdio de El Viento, enquanto a americana diz que os eventos são posteriores à aventura de Annet – o Earnest Evans desse jogo é um descendente do Earnest de El Viento. a Versão CD conta com várias cutscenes bacanas, mas infelizmente todas foram cortadas na versão cartucho. Motoi Sakuraba assina a trilha sonora de ambas as versões. Earnest Evans seria um bom jogo de ação e plataforma se não fosse pela “movimentação de robô” bizarrésima do personagem, oferecendo um gameplay bem complicado.

Traysia (1991)

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Um RPG bem no estilo tradicional 16 bits no qual o jogador assume o comando de um jovem chamado Roy que sonha com grandes aventuras e explorar o mundo com ambientação medieval. Como é de se esperar no desenrolar destas aventuras, um grande mal vai ameaçar o mundo de Roy, além de um grande mistério envolvendo o seu amor de infância, a garota que dá nome ao jogo e que se chama Traysia.

Sol-Feace (1991)

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Shoot-em-up desenvolvido pela Wolf Team e lançado originalmente para o X68000 em 1990, sendo portado para o Sega CD no ano seguinte (um dos títulos de lançamento do sistema no Japão). Também ganhou uma versão em cartucho, chamado Sol-Deace (praticamente idêntica ao CD). Um bom shump, mas não chega aos pés de Gaiares, mas por outro lado conta com uma excelente trilha sonora de Motoi Sakuraba (especialmente a versão CD).

Syd of Valis (1992)

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Também conhecido como SD Valis no Japão, sendo que SD significa Super Deformed, estilo de caricatura oriental em que os personagens são desenhados com corpo pequeno e grandes cabeças. O jogo é uma espécie de remake de Valis II, misturando os estilos lançados para computadores e o PC-Engine (são duas versões bem diferentes uma da outra). O game é bem medíocre e até desapontador para os fãs da série (especialmente quando comparado com a excelente versão do X68000), a Telenet (ou a Laser Soft, que o produziu) bem que podia ter lançado um game mais sério e maduro. Infelizmente, esse foi o último jogo da franquia lançado no Mega Drive.

Os FMV GamesCobra Command (1992)

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A Wolf Team também ficou conhecida por relançar os polêmicos games FMV (Full Motion Video, ou filme/animação interativo, hoje mais conhecido como QTE – Quick Time Events) no Sega CD, lançados originalmente pelos saudosos estúdios Taito e Data East nos arcades dos anos 80. O primeiro deles foi Cobra Command, onde o jogador assume o comando de um super helicóptero e deve salvar o mundo de um exército terrorista. A animação do game foi feita pelo estúdio Toei Animation. Se você era fã da clássica série Trovão Azul, certamente vai gostar do jogo!

Time Gal (1992)

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Já Time Gal nos apresenta uma viajante do tempo que deve deter um vilão que roubou uma máquina do tempo e quer mudar o seu futuro alterando o passado (pois é, bem na vibe de um certo filme famoso aí), também com animação da Toei. Um jogo com uma narrativa divertida e uma heroína bem carismática.

Road Avenger (1992)

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Já Road Avenger foi feito sob medida para os fãs de Mad Max ou da série Super Máquina, em que o jogador assume o comando de um vigilante em um carro insano, com a missão de se vingar de uma gangue de motoqueiros que mataram sua esposa, atravessando os cenários e perigos mais absurdos que a imaginação louca dos japoneses conseguiram inventar na época – adrenalina pura! Também com belas animações da Toei.

Revenge of the Ninja (1993)

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Curiosamente, Revenge of the Ninja (também conhecido como Ninja Hayate nos arcades japoneses) foi lançado apenas nos EUA e no Brasil –  provavelmente a Telenet achou que não valia a pena lançar no Japão, já que o Sega CD não era muito popular por lá. O jogo conta a história de um jovem ninja que deve se infiltrar no castelo de um clã inimigo para resgatar uma princesa.

Anett Futatabi (1993)

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O terceiro e último jogo da série iniciada por El Viento, lançado apenas no Japão e que traz novamente a heroína de cabelos verdes como personagem principal, desta vez na forma de um beat-em-up de rolagem lateral ao estilo de Streets of Rage (mas sem a mesma qualidade). Apesar de ter belíssimas cutscenes (provavelmente as mais belas já feitas no Sega CD, produzidas pela estúdio Madhouse), o jogo em si é bem repetitivo e mediano – não tem nem opção para dois jogadores, que poderia ser facilmente resolvido com o Earnest Evans (que aparece nas cutscenes). Foi um dos últimos games lançados pela Wolf Team nos sistemas Sega.

Mas que fim levou a Telenet?

Bom, já vimos aqui o que aconteceu com a Wolf Team, mas e a Telenet? A empresa parou de produzir games para a Sega (e todas as plataformas em geral) no final de 1993 por razões desconhecidas, mas provavelmente foi devido a problemas financeiros. Neste mesmo ano a Sega comprou a filial americana Renovation Products, que sumiu do mapa.

Apesar de lançar vários títulos considerados bons, a Telenet nunca teve um sucesso avassalador que ganhasse uma boa montanha de dinheiro para os seus cofres. Além disso, seus jogos não levavam o Mega Drive ao limite como os geniais títulos da Treasure, mas sempre apresentavam algo criativo e original – sem falar das trilhas sonoras maravilhosas da maioria de seus games!

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Nos anos seguintes a Telenet sobreviveu graças ao sucesso dos games Tales of desenvolvidos pela Wolf Team – a Telenet tinha cerca de 34% das ações da Wolf Team, enquanto a Namco tinha 60% e o restante era do diretor da série, Eiji Kikuchi.

Em 2006 a recém incorporada Bandai Namco comprou as ações remanescentes da Wolf Team, cortando assim o último vínculo com o ex-empregador dos desenvolvedores e aumentando seu controle acionário para 94%. Atualmente, a Bandai Namco possui 100% da empresa.
 
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Em 2007 a Telenet pediu concordata e fechou as suas portas, vendendo suas ações para a Sunsoft, e que hoje detém os direitos de todo o catálogo da Telenet – e que até o momento não fez nada com eles e se duvidar, em breve também corre o risco de falir.

A Telenet ainda tentou se salvar em 2006 licenciando suas propriedades como a série Valis para a Eants, uma desenvolvedora de visual novels hentai (adulto erótico), o que resultou no infame “game” Valis X. O jogo foi mal recebido por fãs e críticos em todo o mundo. Foi o último jogo lançado pela Telenet – infelizmente um fim nada glorioso para as heroínas da série.

A Telenet sem dúvida foi uma parte importante da história dos videogames e da própria Sega, sempre entretendo os seus fãs com games divertidos e inesquecíveis. Infelizmente a empresa não existe mais hoje, e seu rico catálogo de jogos está por aí, em algum lugar nos porões e arquivos da Sunsoft juntando pó e teia de aranha. Vamos torcer para que algum dia, um estúdio de renome adquira essas propriedades intelectuais e ressuscite clássicos como Final Zone, Gaiares, Arcus Odyssey, El Viento, Valis, entre outros!

Fonte: Tectoy
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peixemacaco
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Registrado em: Ter Out 10, 2017 2:40 pm

Re: Telenet / Renovation – A Fábrica de Animes no Mega Drive!

Mensagem por peixemacaco »

Muito bom o tópico!

Gosto muito dos jogos da Wolf Team! Não sabia que viraram parte da Namco :shock:

Falou!
Nelson a:placadc:a
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